Celebrações do dia mundial da filosofia - "Pode haver guerras justas?"
Integrada nas celebrações do dia mundial da filosofia realizou-se no passado dia 16 de Novembro uma palestra sobre a questão "Pode haver guerras justas?"
Pode haver guerras justas?
Se respondeu que não a esta pergunta, existe uma grande possibilidade de se identificar com os Pacifistas ou com os Realistas, mas, por outro, se respondeu talvez, existe uma hipótese de se identificar com a Teoria das Guerras Justas.
Esta mesma questão foi colocada a um grupo de alunos de 11º ano, que no âmbito da celebração do dia mundial da filosofia, assistiu a uma palestra orientada pelo professor Luís Veríssimo.
Os Pacifistas defendem que todas as guerras são injustas pois, implicam provocar intencionalmente a morte a outros seres humanos. O seu argumento principal é formulado da seguinte forma: se matar intencionalmente seres humanos é sempre moralmente indefensível ou seja, injusto; o combate militar envolve necessariamente a morte intencional de seres humanos; então, o combate militar é sempre moralmente indefensável (injusto). S. Tomás de Aquino, por exemplo, rejeita a premissa 2 do referido argumento, dizendo que tal como acontece nos casos de autodefesa, é possível que o combate militar não envolva a morte intencional de seres humanos.
Os Realistas, por sua vez, defendem que os conceitos de justiça e injustiça não se aplicam à guerra, pois em tempo de guerra as leis e as normas morais devem ser suspensas. Os Realistas acreditam que a finalidade do Estado é garantir a paz e a segurança e que, por isso, este tem o direito de fazer tudo o que considera necessário para a sua preservação e recuperação das mesmas caso tenham sido perdidas.
O fundamento dos defensores desta teoria consiste sobretudo na natureza cruel, fria e egoísta dos seres humanos, chegando mesmo Thomas Hobbes a dizer que “nós somos o nosso próprio predador”, por isso, é necessária a existência de um estado forte que regule as relações entre os indivíduos evitando assim a “guerra de todos contra todos”.
Para estes, a guerra é amoral pois nela usa-se a "lei do mais forte" devida à falta de uma identidade hierarquicamente superior ao Estado, ou seja, não há ninguém com autoridade para determinar o que este pode ou não fazer. Carl Von Clausewitz defende que a guerra, sendo um ato de força, cujo objetivo é subjugar o inimigo, não faz sentido que lhe sejam introduzidas regras.
Por fim, a Teoria das Guerras Justas que se baseia no estabelecimento de critérios para determinar se uma guerra é justa ou não. Assim, opõem-se aos pacifistas, na medida em que consideram que algumas guerras podem ser justas. E aos realistas, pois não defendem a velha máxima que “no amor e na guerra vale tudo”. Neste âmbito, foi-nos apresentado um filósofo chamado Waltzer que defendia a “utilidade da moralidade”, ou seja, combater com justiça.
Através desta breve síntese, o leitor pode agora formular uma opinião mais fundamentada à cerca da questão filosófica inicial: “Pode haver guerras justas?”
Ana Rita Viana
Bárbara Sofia Silva
Tatiana Filipa Silva
Pode haver guerras justas?
Se respondeu que não a esta pergunta, existe uma grande possibilidade de se identificar com os Pacifistas ou com os Realistas, mas, por outro, se respondeu talvez, existe uma hipótese de se identificar com a Teoria das Guerras Justas.
Esta mesma questão foi colocada a um grupo de alunos de 11º ano, que no âmbito da celebração do dia mundial da filosofia, assistiu a uma palestra orientada pelo professor Luís Veríssimo.
Os Pacifistas defendem que todas as guerras são injustas pois, implicam provocar intencionalmente a morte a outros seres humanos. O seu argumento principal é formulado da seguinte forma: se matar intencionalmente seres humanos é sempre moralmente indefensível ou seja, injusto; o combate militar envolve necessariamente a morte intencional de seres humanos; então, o combate militar é sempre moralmente indefensável (injusto). S. Tomás de Aquino, por exemplo, rejeita a premissa 2 do referido argumento, dizendo que tal como acontece nos casos de autodefesa, é possível que o combate militar não envolva a morte intencional de seres humanos.
Os Realistas, por sua vez, defendem que os conceitos de justiça e injustiça não se aplicam à guerra, pois em tempo de guerra as leis e as normas morais devem ser suspensas. Os Realistas acreditam que a finalidade do Estado é garantir a paz e a segurança e que, por isso, este tem o direito de fazer tudo o que considera necessário para a sua preservação e recuperação das mesmas caso tenham sido perdidas.
O fundamento dos defensores desta teoria consiste sobretudo na natureza cruel, fria e egoísta dos seres humanos, chegando mesmo Thomas Hobbes a dizer que “nós somos o nosso próprio predador”, por isso, é necessária a existência de um estado forte que regule as relações entre os indivíduos evitando assim a “guerra de todos contra todos”.
Para estes, a guerra é amoral pois nela usa-se a "lei do mais forte" devida à falta de uma identidade hierarquicamente superior ao Estado, ou seja, não há ninguém com autoridade para determinar o que este pode ou não fazer. Carl Von Clausewitz defende que a guerra, sendo um ato de força, cujo objetivo é subjugar o inimigo, não faz sentido que lhe sejam introduzidas regras.
Por fim, a Teoria das Guerras Justas que se baseia no estabelecimento de critérios para determinar se uma guerra é justa ou não. Assim, opõem-se aos pacifistas, na medida em que consideram que algumas guerras podem ser justas. E aos realistas, pois não defendem a velha máxima que “no amor e na guerra vale tudo”. Neste âmbito, foi-nos apresentado um filósofo chamado Waltzer que defendia a “utilidade da moralidade”, ou seja, combater com justiça.
Através desta breve síntese, o leitor pode agora formular uma opinião mais fundamentada à cerca da questão filosófica inicial: “Pode haver guerras justas?”
Ana Rita Viana
Bárbara Sofia Silva
Tatiana Filipa Silva
11ºG
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