PARTICIPAÇÃO DOS PAIS/ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO NA VIDA DA ESCOLA









O reconhecimento crescente da importância da participação dos encarregados de educação (EE) na vida das escolas tem vindo a ser feito paulatinamente. 
Desde a formação das Associações de Pais e E.E., seguiu-se a sua participação nos Conselhos Pedagógicos, nos Conselhos de Turma e também no Conselho Geral.


Como se procede à seleção do representante dos E.E. de cada turma? 
Quais são as suas funções?


A resposta à primeira pergunta pode parecer rápida, direta e fácil: por eleição, na primeira reunião de pais realizada com o Diretor/a de cada Turma. A verdade é que ela coloca muitos problemas: nem sempre, os E.E. se conhecem suficientemente bem para realizarem uma escolha consciente. Muitas vezes acabam por ser escolhidos os poucos que se disponibilizam para o cargo, mercê da sua consciência pessoal e disponibilidade profissional. 


A resposta à segunda pergunta tem vindo a ser construída na vida quotidiana das escolas. De acordo com a lei, os representantes dos E.E. participam em todas as reuniões do conselho de turma, exceto naquelas que se destinam à avaliação. Assim eles poderão contribuir, para a laboração do projeto curricular de turma; para a análise dos problemas de integração dos alunos; para a análise do relacionamento entre os alunos, os professores e os restantes EE; para a promoção de atividades diversas, como, por exemplo, de colaboração entre a escola e a comunidade.


Existe ainda pouca tradição de trabalho autónomo dos EE de cada turma, a fim de que os seus representantes os representem de facto a todos e não apenas a si próprios. Contudo, vão existindo exemplos de práticas importantes por parte de alguns representantes de EE, nos conselhos de turma e órgãos de gestão, ao nível de várias escolas do País. Há representantes que colaboram com os diretores de turma (DT) para a resolução de situações complicadas, como por exemplo contactos com pais que não vão à escola e aproximação a algumas famílias, visto conhecerem melhor essas pessoas, que podem até ser suas vizinhas. Há DT que promovem atividades de convívio entre as famílias. Há conselhos de turma que incentivam a participação dos EE nas suas atividades e decisões. Há órgãos de gestão que abrem as portas da escola à comunidade, começando por fazer um convite aos representantes dos EE para que a visitem em período de funcionamento, a fim de se inteirarem dos seus recursos e das suas carências (a nossa escola está nessa lista).


Da partilha das experiências bem-sucedidas e da análise dos problemas que se vão detetando se pode construir uma participação mais intensa e mais eficaz dos E.E. na vida da escola, nomeadamente na turma dos seus educandos; e se pode dar mais conteúdo e forma a esta participação dos seus representantes. Sendo que assim, todos sairão a ganhar; alunos, famílias e escola.


Pel’ Direção da APESE
João Calado Arcângelo


apeseermesinde@gmail.com 

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