sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Dia Internacional da Filosofia

No passado dia 20 de Novembro, comemorou-se o Dia Internacional da Filosofia na Escola Secundária de Ermesinde com o objetivo de promover o debate de ideias, a reflexão crítica, e o de enaltecer a importância da Filosofia na vida do homem e na vida em sociedade.
A atividade teve início às 8 horas e 15 minutos, com a realização de um workshop por dois alunos de 12º ano, Maria João Silva e Guilherme Martins, a uma turma de 9º ano. Inicialmente abordaram a “indefinição” da Filosofia, no sentido de darem uma breve introdução acerca da disciplina. De seguida, lançaram um tema de debate sobre os Direitos a partir de um cenário hipotético, onde os alunos teriam de justificar a escolha
ou não escolha de determinados direitos.
Durante a manhã, alguns alunos de 10º e 11º ano, acompanhados pela professora Fátima Nogueira, distribuíram marcadores de livros (elaborados por alunos das turmas de 10º ano de Artes) na direção e aos auxiliares de educação. Terminavam a entrega dos mesmos com um breve discurso sobre a importância da filosofia e, por sua vez, a importância de valorizar o papel da filosofia no nosso quotidiano. 
A turma de Artes do 11º ano, distribuiu junto da Comunidade Educativa pensamentos de alguns Filósofos de forma a envolver todos os participantes no Dia da Filosofia.


  


Da parte da tarde, realizou-se às 14 horas e 25 minutos, no auditório, uma palestra com o Professor Luís Veríssimo, tomando como ponto de partida a seguinte questão: «Será que temos a obrigação moral de combater a pobreza absoluta?». Numa primeira fase, o Professor Luís Veríssimo, apresentou uma breve definição de obrigação moral e de pobreza absoluta. Esta última, define-se, segundo o Instituto Worldwatch, como «a ausência de rendimentos suficientes em dinheiro ou em espécie para satisfazer as necessidades biológicas mais básicas de alimentação, vestuário e habitação». Segundo Robert Mcnamara, antigo presidente do Banco Mundial, define a pobreza extrema como a vida no limiar da existência, mais particularmente: «Uma condição de vida caracterizada por subnutrição, analfabetismo, doença, ambiente degradado, elevada mortalidade infantil e baixa esperança de vida, abaixo de qualquer definição razoável de decência humana.» 














Com o visionamento do vídeo de Peter Singer, «The Life You Can Save», conclui-se que  «ao não contribuírem mais, os habitantes dos países ricos estão a permitir que quem vive nos países mais pobres sofra de pobreza absoluta, com a consequente subnutrição, problemas de saúde e morte. (…) Se permitir que alguém morra não é intrinsecamente diferente de matar, neste caso parece que somos todos homicidas». A partir daqui, foi apresentado a conclusão do filósofo Peter Singer: «Se pudermos impedir que um mal aconteça sem sacrificarmos nada de importância moral comparável, devemos fazê-lo.», seguindo-se, por fim, a apresentação das várias objeções a este argumento, nomeadamente, a objeção do bote salva-vidas, a objeção da integridade, entre outras, e as correspondentes opiniões dos alunos sobre estas.

Maria João Moutinho Silva

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